terça-feira, 24 de agosto de 2010

Eu não sei fazer primeiros posts.

Então, vou falar um pouco sobre a minha vida na UnB.

Eu entrei para o curso de Artes Plásticas na UnB no 2º semestre de 2007, com alguns trabalhinhos okay mas um tanto forçados. Não tinha um estilo (aliás, acho que ainda não tenho) definido nem nada do gênero, também não pensava muito nas minhas inspirações. Eu era uma legítima desenhadora de mangá em carteira de escola e levei umas belas patadas pra tomar vergonha na cara e começar a me desafiar para produzir algo além.

E aí que, seguindo o fluxo do curso, passei por diferentes matérias práticas, me aperfeiçoei um tanto no desenho e na anatomia do corpo humano, me apaixonei por Gravura, Fotografia e Pintura. Esse último o meio que escolhi para trabalhar a minha poética. A parte teórica não ficou de lado e, além dos STCHAS e Histórias da Arte, me aventurei pelo estudo da História e Filosofia. O melhor de matérias de outros cursos é que você pode simplesmente pegar só o que te interessa, não existem outras obrigações a serem cumpridas. E foi assim que, numa matéria sobre Estética, me apaixonei por Walter Benjamin, Surrealismo e Baudelaire.

Mas não vou me alongar demais, pois pretendo falar detalhadamente sobre tudo o que vi até agora, como um exercício de memória e de escrita. A idéia da criação de um blog aconteceu entre uma crise que tive enquanto escrevia meu projeto para a matéria Projeto Interdisciplinar. Ela marca o início da segunda etapa do curso, em que, no caso de bacharelado, direcionamos nossas pesquisas poéticas e escrevemos sobre ela. E escrever sobre o próprio trabalho, descobri, é aterrorizante. Por isso esse espaço para escrever informalmente sobre tudo isso já citado, mas direcionando para a minha própria poética. Assim, quando passar por Atelier 1, 2 e Diplomação respectivamente, pelo menos a crise da escrita não me assaltará de forma tão avassaladora.


Alguns trabalhos produzidos no ano de 2007:

Esse estava presente num caderno que apresentei na prova específica, em reprodução absolutamente horrorosa (eu ainda não sei digitalizar aquarelas, se alguém tiver alguma dica será bem-vinda), feita a partir de uma foto do livro Fresh Fruits 



Comecei a desenvolver essas menininhas como forma de me livrar do traço viciado de mangá. Também está no carderno supracitado .


O primeiríssimo desenho de modelo vivo!  20 minutos de tensão.



Já esse faz parte de um segundo caderno, que logo foi abandonado. Também a partir de modelo vivo, mas do final do primeiro semestre (veja só a capacidade da criança de desenhar DOIS modelos ao mesmo tempo, ha).


Essa auto-cabritagem é ligeiramente necessária para, primeiro, me animar com o tanto que progredi, e também para tentar identificar características em comum (ou não!) entre o corpo de trabalhos desenvolvidos ao longo do curso e assim facilitar a minha vida na hora de escrever sobre o mesmo.